Funcionária da Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (UTRS) encontra seringa na área de triagem de materiais
Em março de 2009, logo nos primeiros três meses de governo, o prefeito Grimaldo Bicalho (PMDB) baixou decreto de lei, determinando que todos os geradores de lixo infectante estabelecidos no município deveriam dar destinação correta a esse tipo de resíduo, sob determinação da Lei Federal número 237, sancionada no ano anterior da transição de governo. A categoria de geradores de lixo infectante abrange clínicas odontológicas e médicas, laboratórios de análises clínicas, postos de saúde, hospitais e similares, que ficaram passíveis de cobrança de uma taxa irrisória, cerca de R$ 10,00, para a manutenção correta do serviço.
A administração, então, contratou uma empresa especializada de Belo Horizonte, a Serquip, que passou a atuar no manejo do lixo infectante no município. Pioneira em tratamento de resíduos hospitalares e industriais em Minas Gerais, a empresa atua desde 2003, em Belo Horizonte e outras cidades do Estado e é devidamente licenciada para o serviço de coleta, transporte e tratamento térmico de resíduos gerados nos serviços de saúde e industriais por meio de incineração, em acordo com as resoluções 316/02, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e 306/04, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Só que a direção do hospital não conseguiu levar adiante a decisão, não dando a destinação final correta, conforme impõe a legislação, assim como outros estabelecimentos do ramo que seguiram a diretoria hospitalar, mas que também não cumpriram a determinação, alguns deles chegando a ser multados por causa disso. Agora, esses mesmos estabelecimentos voltaram a recorrer ao município buscando uma solução. O prefeito Grimaldo Bicalho (PMDB) já recebeu a visita de alguns deles, que solicitaram ajuda para uma saída plausível.
Pela lei, todos os estabelecimentos prestadores de serviços de assistência a saúde são os responsáveis, civil, administrativa e criminalmente, pelos seus resíduos, desde a geração e acondicionamento, até o destino final. O lixo infectante é disposto de resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio-ambiente devido a presença de agentes biológicos, como bactérias, fungos, vírus, clamídias, riquétsias, microplasmas, prions, parasitas, linhagens celulares, outros organismos e toxinas.
O município mantém na Central de Manutenção (galpão), da Secretaria Municipal de Obras, à Rua Amélia Godinho, um posto para acondicionamento de resíduos contaminantes, onde, regularmente, a Serquip/MG envia um caminhão adequado para fazer a coleta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário