Vereadora Nádia (PT), em destaque na foto, apresentou requerimento para 0% de suplementação para 2012
Foi votada na reunião ordinária da Câmara Municipal de Inhapim dessa segunda-feira, dia 5, a dotação orçamentária para o exercício de 2012. Novamente, em mais uma demonstração de querer atrasar o avanço do município com posturas de interesse político individuais, os vereadores só aprovaram 10% de suplementação, engessando o Executivo na execução de obras e serviços para o ano que vem.
Os parlamentares se dividiram durante a sessão. A vereadora Nádia de Oliveira Rocha (PT), por exemplo, tentou articular votação de 0% de suplementação orçamentária, enquanto outros vereadores, como Sebastião Germano, o Tiãozinho Barbosa (PMDB), tentaram aumentar a suplementação para 20%, mas o consenso entre as bancadas determinou suplementação de apenas 10%. A vereadora Maria Zeli Coelho Alves (DEM) novamente se ausentou da reunião, pela terceira vez consecutiva, em um momento tão importante para o município, que é estabelecer os investimentos para o ano seguinte.
A intenção dos vereadores, na opinião de analistas políticos, é parar o Executivo municipal diante do volume de trabalhos que tem apresentado para a sociedade de Inhapim em favor da melhoria de serviços e obras. A decisão dos parlamentares demonstra que a oposição está preocupada politicamente. Quem participou da sessão da Câmara comparou da seguinte maneira a votação: “Os vereadores deveriam ter a consciência de que não estão dando apenas 10% para o prefeito, mas para a população de Inhapim”.
Com a suplementação estabelecida em 10%, isso significa que quando ocorrer alguma solicitação popular por obras ou serviços, melhorias em saúde ou educação, se sair um pedido não previsto, a população ficará sem o benefício. Para o povo entender o que significa a redução de suplementação orçamentária, é como se fosse uma mesa com várias gavetas, em que o prefeito não poderá retirar recurso de uma determinada gaveta, para aplicar em outra, engessando assim os trabalhos da prefeitura.
A reportagem consultou o prefeito Grimaldo Bicalho (PMDB) sobre a aprovação da Câmara, que afirmou “não entender a decisão dos vereadores como perseguição política”. “Considerando que os vereadores na gestão anterior concediam suplementação de 100% ao ex-prefeito e, hoje, concedem 10% para a atual administração, isso mostra que o Legislativo reconhece a competência da nossa gestão, sabendo que a dotação orçamentária para 2012 foi elaborada no mais alto requinte de planejamento, caso contrário não haveria outra explicação para entender o porquê da mesma Câmara que suplementa 100% no passado, hoje luta por 0%”, declarou.
Existem militantes do DEM (Democratas) alegando que 0% de suplementação orçamentária serviria de palanque eleitoral para o atual prefeito. “E somente 10% não seria também?”, questiona o próprio Grimaldo.
Ontem nenhum dos vereadores da Câmara de Inhapim foi localizado até o fechamento da edição para esclarecer o motivo de apenas 10% de suplementação.
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